Ao contrário, Marcos Jorge conseguiu produzir um excelente entretenimento, com pitadas de suspense. Em alguns momentos, os diálogos me pareceram artificiais, com palavrões ditos com ênfase exagerado, mas a trama envolvente abafam esses defeitos e apaixona o público.
Voluptuoso, com bastante ação, narrativa simples e contendo um interessante didatismo culinário, o filme promete despertar bastante interesse no Brasil. Não necessariamente no cinema, mas com certeza no DVD e na televisão.
O ator João Miguel, mais uma vez, assumiu uma grande responsabilidade. Sem ele não haveria Estômago. Assim como o levantar de sobrancelha do Bogart tornou-se uma das imagens mais expressivas de Holliwood nos anos 40 e 50, os trejeitos de Miguel já são patrimônio do cinema nacional.
Construindo a narrativa em dois tempos, mas de forma simples e linear, Jorge inventou um personagem tão marcante que não me espantaria se o filme tivesse uma continuação. Duvido, porém, que o autor tenha essa intenção.
A trilha sonora é boa e a participação especial de Paulo Miklos, impagável. O filme peca, repito, por uma certa leviandade nos diálogos e na interpretação dos atores. O roteiro, no entanto, é muito inteligente, com toques de terror e suspense contrastando com a voluptuosidade divertida das imagens, mostrando influência de Hitchcock.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
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2 comentários:
nome do ator eh JOAO MIGUEL, E NAO FABIO MIGUEL...... JOAO.....
eu sei, já corrigi. obrigado pela atenção.
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