quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Primeiro longa de Marcos Jorge não deu azia

Ao contrário, Marcos Jorge conseguiu produzir um excelente entretenimento, com pitadas de suspense. Em alguns momentos, os diálogos me pareceram artificiais, com palavrões ditos com ênfase exagerado, mas a trama envolvente abafam esses defeitos e apaixona o público.

Voluptuoso, com bastante ação, narrativa simples e contendo um interessante didatismo culinário, o filme promete despertar bastante interesse no Brasil. Não necessariamente no cinema, mas com certeza no DVD e na televisão.

O ator João Miguel, mais uma vez, assumiu uma grande responsabilidade. Sem ele não haveria Estômago. Assim como o levantar de sobrancelha do Bogart tornou-se uma das imagens mais expressivas de Holliwood nos anos 40 e 50, os trejeitos de Miguel já são patrimônio do cinema nacional.

Construindo a narrativa em dois tempos, mas de forma simples e linear, Jorge inventou um personagem tão marcante que não me espantaria se o filme tivesse uma continuação. Duvido, porém, que o autor tenha essa intenção.

A trilha sonora é boa e a participação especial de Paulo Miklos, impagável. O filme peca, repito, por uma certa leviandade nos diálogos e na interpretação dos atores. O roteiro, no entanto, é muito inteligente, com toques de terror e suspense contrastando com a voluptuosidade divertida das imagens, mostrando influência de Hitchcock.

2 comentários:

Unknown disse...

nome do ator eh JOAO MIGUEL, E NAO FABIO MIGUEL...... JOAO.....

Miguel do Rosário disse...

eu sei, já corrigi. obrigado pela atenção.